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terça-feira, 5 de junho de 2012



Para continuar a pagar a troika quer menos salário e menos sindicatos




Portugal - Precári@s Inflexíveis - De acordo com a imprensa desta manhã a troika (FMI, BCE e CE) aprovou uma nova tranche do empréstimo de 78 mil milhões de euros (que sobre os quais teremos de pagar 44,4 mil milhões de euros só em juros), mas deixou "avisos". Esses "avisos" serão no âmbito da execução orçamental (que descambou devido à política de austeridade de acordo com a UTAO), das rendas do mercado de energia (que o Governo deixou altas para não afectar os novos accionistas da EDP e o António Mexia) e, o que mais importa aos fiscais estrangeiros, nos cortes no subsídio de desemprego e na contratação colectiva. Para a troika e para o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas o facto de o subsídio de desemprego ter sido cortado para metade no tempo e em mais de 20% no seu valor ainda não é suficiente e serão necessários mais cortes e mais barbárie. Na verdade, só cerca de 1 em cada 3 desempregados/as tem algum tipo de apoio social e o Governo, tendo em conta o "aviso" da troika, quer um rácio ainda pior. Sobre a contratação colectiva, o Governo terá de apresentar até ao final do mês legislação que revogue automaticamente todos os instrumentos de contratação colectiva que os patrões e os sindicatos tenham aprovado e, de então em diante, apenas os trabalhadores sindicalizados poderão usufruir das condições negociadas pelos sindicatos. Isto irá destruir a solidariedade entre os trabalhadores e vai poder ser usado como arma de arremesso pelos patrões. Na verdade esta é uma solução que a UGT há muito defende e que a CGTP, e bem, tem recusado. A troika e o Governo continuam a olhar os trabalhadores e as pessoas desempregadas como o alvo das políticas de austeridade e não apresentam uma única medida para estimular a economia e o emprego. Até parece que são os custos do trabalho em Portugal - um dos mais baixos da UE - é que estão a criar as falências das empresas e não os custos de contexto (energia, água, etc.) e os impostos altíssimos. Foto: PI Fonte: Diário Liberdade

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