Papa Ratzinger – Estará com um parafuso a menos?
Caridadezinha, sempre! Sobretudo, se muita gente estiver a ver.
Ter muita pena dos “pobrezinhos”, sempre! Sobretudo, se muita gente estiver a ouvir.
Questionar as causas (e os causadores) da existência da fome e da pobreza... nunca! Nem em pensamentos, porque pode até ser pecado!
É esta regra de ouro, esta velhíssima receita cobarde, que tem mantido as religiões de bem com os deuses e os diabos, fazendo exactamente aquilo que dizem não se dever fazer: servir a dois senhores.
Ó Samuel... e a que é que vem esta “homilia”? – perguntam vocês.
É apenas uma forma de estar entretido... sem dizer o que realmente penso de mais uma das ideias “peregrinas” de Herr Ratzinger, o alemão que por estes dias faz de papa católico.
Para evitar, como já disse, adjectivos de que venha a “envergonhar-me”, prefiro deixar apenas quatro notas.
1. Alguém devia dizer ao papa, que a razão da existência de tanta miséria e fome é exactamente a fauna de “padrinhos” que governam e sugam o mundo.
2. Alguém devia gritar aos ouvidos do papa, que os explorados precisam de justiça e não de padrinhos e madrinhas.
3. Alguém devia avisar o papa de que esta sua ideia é uma cópia triste, vergonhosa e humilhante, das campanhas de “apadrinhamento” de animais dos Jardins Zoológicos, por figuras públicas e outros voluntários com uns trocos disponíveis.
4. Por fim, devo dizer que estou bem ciente de que o facto de todos os meses contribuir (via conta da ZON) com alguns euros para a Isabel dos Santos, não conta para esta campanha do papa... ainda que Isabel dos Santos pertença a uma família de um país cheio de seres humanos que vivem na miséria.
Devo acrescentar ainda que estive, estou e estarei disponível para a solidariedade e para o combate contra os “padrinhos” fabricantes de guerras, exploração, fome, miséria e morte... caminho que, estou certo, não farei na companhia deste papa e de muitos dos seus defensores e seguidores, mas que, felizmente, não farei sozinho!
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