A ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA DOS GRANDES FILHOS DA PÁTRIA
Orador convidado da 2ª Universidade do Poder Local, organização do PSD, da JSD e do Grupo Europeu PSD, Rui Rio falou aos jovens quadros da JSD, futuros estadistas nacionais se deus continuar a ser omnisciente, omnipresente e a proteger os pequenos e grandes filhos da pátria.
Pois, Rio falou e disse: As câmaras endividadas não deviam ter eleições, mas sim uma comissão administrativa para a gestão corrente, até estarem equilibradas".
A ideia, não sendo original por já ter sido defendida por Manuela Ferreira Leite (a suspensão da democracia, lembram-se?), não deixa de ser brilhante. Como as autarquias estão todas endividadas, acabavam as eleições autárquicas. Depois, e perante os inevitáveis 'resultados positivos', aplicava-se a medida ao país, também ele fortemente endividado, e acabavam as eleições gerais.
Perante as evidências, o batoque alemão, exímio tratador de coelhos e outros bichos menores, imporia a receita a outros países endividados, a começar pela Grécia, Espanha e Itália a que outros se seguiriam e teríamos, finalmente, o milénio da paz e da prosperidade num mundo gerido por comissões administrativas recrutadas entre os mais destacados exemplares da raça superior.
Bom, mas vistas as coisas com mais rigor, nem Rio nem Leite nem Merkel merecem direitos de autor. Por cá, eles serão devidos ao hortelão de Santa Comba que acabou com as eleições e a bagunça da I República e encheu de ouro os cofres do banco de Portugal. Por lá, devem ir a crédito de um tal Adolfo que pôs fim ao caos da República de Weimar e chegou a mandar na Grécia, Itália, Espanha e Portugal pela força ou com a colaboração de amigos do peito.
E lá vem, novamente, o aviso do velho Karl sobre os dramas e as farsas da História...
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