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domingo, 3 de junho de 2012

Inquietações e aquietações sobre a "nova" Igreja Duas coisinhas que me suscitam algumas considerações. Uma diria que me "inquieta" e outra diria que me "aquieta"! As afirmações do arcebispo de Granada que veio afirmar, em plena missa dominical, que o estupro é válido em mulheres que já fizeram aborto, com a argumentação de que “matar uma criança dá ao homem a licença absoluta, sem limites, de abusar do corpo desta mulher, porque ela trouxe a tragédia para a própria vida“.


Inquietações e aquietações sobre a "nova" Igreja


Duas coisinhas que me suscitam algumas considerações. Uma diria que me "inquieta" e outra diria que me "aquieta"!
As afirmações do arcebispo de Granada que veio afirmar, em plena missa dominical, que o estupro é válido em mulheres que já fizeram aborto, com a argumentação de que “matar uma criança dá ao homem a licença absoluta, sem limites, de abusar do corpo desta mulher, porque ela trouxe a tragédia para a própria vida“. A criatura não tem a noção de coisa nenhuma e nem vale a pena explicar a atrocidade das suas afirmações, para além de me escusar a adivinhar o que estas podem desencadear em gente de índole criminosa! Como se posicionaria a igreja relativamente a estes estupros? Têm a sua benção!?
E as afirmações de Bento XVI, referindo-se ao assunto polémico dos divorciados que voltam a casar, e que, na visão atual da igreja (embora se conheçam casos de padres que "fecham os olhos", caso daqueles com quem tenho o privilégio de poder contar), por terem quebrado a promessa inviolável contraída no sacramento do matrimónio, estão proibidos de participar na comunhão eucarística. Alguns movimentos cristãos exigem que os divorciados que voltam a casar sejam readmitidos na vida da igreja. O que, ao que parece para o Papa, ainda está fora de hipótese. Aos fiéis que "ficaram marcados pela experiência dolorosa do fracasso e da separação, o papa e a Igreja apoia a vossa dor", disse Bento XVI. E acrescentou: "Encorajo-vos manterem-se unidos à vossas comunidades, desejando que as dioceses tomem a iniciativa de vos acolher, com a proximidade adequada". O que me dá alguma esperança de que os padres mais progressistas consigam esta "aproximação". 
Coisas que nos inquietam e que nos aquietam. A primeira que nos leva à pergunta: justifica a fé (cega) a insanidade mental? A segunda que nos leva à pergunta: cabe a cada padre na sua diocese julgar em casa própria? 
Em assuntos destes não deviam os órgãos próprios da Igreja Apostólica Romana pronunciar-se de forma consentânea? Ou andam todos preocupados com assuntos mais importantes, como, por exemplo, ainda em demanda com aquela velha questão: "a culpa é do mordomo!?"

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