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quarta-feira, 13 de junho de 2012



E de repente tudo desapareceu


Não há crise, não há fome, não há orçamento, não há ratings, não há Troika, nem FMI, não há guerras, não há acidentes, não há mulas a parirem burros. Está tudo bem no País das Maravilhas, enquanto a selecção respirar, comer, beber, cagar e mijar. E tenham a certeza de que todos esses movimentos serão acompanhados com o maior detalhe, para delírio das massas endrominadas pelo futebol.
Eu gosto de futebol, qb. Mas é preciso esta fantochada toda? E a propaganda idiota de que é a selecção que pode salvar a imagem de Portugal lá fora? São eles que nos vão pagar as contas? Bem podiam, com aqueles salários milionários, mas não me parece. As pessoas não têm noção do quanto estão a ser idiotas? Não admira que o PM venha elogiar a paciência do povo, em jeito de nos chamar cornos mansos. Basta atirarem-nos um bocadinho de pão e dar um espectáculo de circo, que tudo fica bem.

Eu sei que não pode ser tudo mau, que as pessoas precisam de se divertir, para não se atirarem dos prédios como os gregos. Mas encher carros e casas de bandeiras nacionais, tendo em conta que o estado nos f#*&%$, todos os dias, é uma piada de mau gosto. Ainda ontem vi um carro com uma bandeira preta que dizia “Euro desemprego 2012”, isto sim é uma manifestação digna de registo. E tenho a certeza de que aquele senhor não deixa de ver o seu joguinho e torcer pela sua selecção.

Desculpem a má disposição. Sabem que esta recta final da gravidez afecta muito o espírito. Mas não consigo deixar de sentir, sempre que ligo a TV, que me estão a passar um atestado de estupidez e eu não gosto disso.

Quanto à selecção, espero que ganhem e que, quando os portugueses acordarem de mais um sonho sebastianista, não se assustem com o choque da realidade e com os cortes e austeridade, que hão-de vir. Neste caso, é a tempestade que vem depois da bonança.

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