Duque defende RTP Internacional sob “orientação” do MNE
João Duque (ao centro) diz que tratamento da informação orientado pelo Governo “não deve ser questionado” (Rui Gaudêncio)
“A bem da Nação”, a informação emitida pela RTP Internacional deve ser “filtrada” e “trabalhada” pelo Governo, defendeu João Duque, nesta terça-feira de manhã. Um tratamento que, acrescentou, “não deve ser questionado”.
“A promoção de Portugal através da imagem ou do som deve ser enquadrada numa visão de política externa”, disse. O economista, que liderou o grupo de trabalho para a definição do serviço público, sugeriu que a RTP Internacional passe a emitir sob orientação do Governo. Essa orientação está prevista no relatório entregue segunda-feira ao Governo, onde se recomenda também o fim da publicidade na RTP e do canal público de notícias por cabo, a RTP Informação.
“A forma como a televisão deve ser financiada em serviço público não é através de publicidade comercial, mas sim através de um financiamento que vem ou do Orçamento de Estado ou taxas e Orçamento do Estado, consoante estamos a falar da comunicação feita para o mercado interno ou para o mercado externo”, disse, em declarações à TSF.
“A promoção de Portugal através da imagem ou do som deve ser enquadrada numa visão de política externa e portanto sob quase que a orientação ou em contrato de programa com o Ministério dos Negócios Estrangeiros”, afirmou o economista, que defendeu mesmo que a informação veiculada pelo canal internacional deve ser “filtrada” e “trabalhada” para passar a mensagem de promoção do país. Um tratamento da informação que, acrescentou, “não deve ser questionado”. “A bem da Nação”, rematou.
“Internamente, a visão é diferente – e é por isso que temos também uma perspectiva diferente sobre aquilo que deve ser o serviço público. Não vemos necessidade de a televisão de serviço público estar a fazer concorrência e a ter um tipo de atitude que tem a mesma lógica da actividade privada”. Neste âmbito, defendeu também o fim dos debates televisivos, argumentando que o canal público não tem de replicar aquilo que já é feito pelos canais privados.
Durante o Fórum da TSF, João Duque sugeriu também por diversas vezes haver falta de isenção dos jornalistas da RTP, o que está a causar uma onda de indignação nas redes sociais, sobretudo por jornalistas da RTP e Antena 1. “Todos os partidos, todos os governos sem excepção têm participado demasiado nos alinhamentos, na escolha de programas e até de pessoas que vão aos programas”, afirmou o economista. “A maçã é demasiado apelativa, vamos todos dar uma dentada.”
Ao justificar a proposta de redução da informação ao mínimo essencial no canal de serviço público que restar”, Duque admitiu que “há sempre subjectividade sobre o que é uma notícia seca, objectiva”. E disse que “o que se pretende é minimizar essa subjectividade. Não podem ser as políticas a definir o que são os conteúdos, mas se estiver à frente de um órgão de comunicação social, com um tipo de orientação, escolhem-se notícias para seguir essa orientação. E os profissionais ao serviço desse meio de comunicação vão orientar o seu trabalho para este fim.”
Publico.pt
“A forma como a televisão deve ser financiada em serviço público não é através de publicidade comercial, mas sim através de um financiamento que vem ou do Orçamento de Estado ou taxas e Orçamento do Estado, consoante estamos a falar da comunicação feita para o mercado interno ou para o mercado externo”, disse, em declarações à TSF.
“A promoção de Portugal através da imagem ou do som deve ser enquadrada numa visão de política externa e portanto sob quase que a orientação ou em contrato de programa com o Ministério dos Negócios Estrangeiros”, afirmou o economista, que defendeu mesmo que a informação veiculada pelo canal internacional deve ser “filtrada” e “trabalhada” para passar a mensagem de promoção do país. Um tratamento da informação que, acrescentou, “não deve ser questionado”. “A bem da Nação”, rematou.
“Internamente, a visão é diferente – e é por isso que temos também uma perspectiva diferente sobre aquilo que deve ser o serviço público. Não vemos necessidade de a televisão de serviço público estar a fazer concorrência e a ter um tipo de atitude que tem a mesma lógica da actividade privada”. Neste âmbito, defendeu também o fim dos debates televisivos, argumentando que o canal público não tem de replicar aquilo que já é feito pelos canais privados.
Durante o Fórum da TSF, João Duque sugeriu também por diversas vezes haver falta de isenção dos jornalistas da RTP, o que está a causar uma onda de indignação nas redes sociais, sobretudo por jornalistas da RTP e Antena 1. “Todos os partidos, todos os governos sem excepção têm participado demasiado nos alinhamentos, na escolha de programas e até de pessoas que vão aos programas”, afirmou o economista. “A maçã é demasiado apelativa, vamos todos dar uma dentada.”
Ao justificar a proposta de redução da informação ao mínimo essencial no canal de serviço público que restar”, Duque admitiu que “há sempre subjectividade sobre o que é uma notícia seca, objectiva”. E disse que “o que se pretende é minimizar essa subjectividade. Não podem ser as políticas a definir o que são os conteúdos, mas se estiver à frente de um órgão de comunicação social, com um tipo de orientação, escolhem-se notícias para seguir essa orientação. E os profissionais ao serviço desse meio de comunicação vão orientar o seu trabalho para este fim.”
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