AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Ó Cristas, Ó Cristas, tanta malandrice à vista!





Ontem, durante o debate quinzenal, Assunção Cristas atacou António Costa por causa da limpeza das matas. 
Por vias travessas, depois de várias acusações ao governo, questionava a líder centrista o dever dos privados na limpeza das matas, sugerindo que essa tarefa devia ser da competência do Estado. 
António Costa reagiu acusando Assunção Cristas de nada ter feito para fazer cumprir a legislação de 2006 e lembrou que "é aos privados que compete fazer a limpeza do espaço florestal privado".
É verdade que se o governo em funções tivesse sido mais rigoroso na fiscalização do cumprimento da legislação em vigor, os incêndios de 15 de Outubro não teriam tido aquelas proporções.
Em primeiro lugar, porque as autarquias teriam desempenhado as tarefas  que a legislação lhes atribui em vez de, 10 anos depois de a legislação ter entrado em vigor, virem reclamar que não têm dinheiro.
Em segundo lugar, porque as pessoas não arriscariam  violar a lei fazendo queimadas com aquelas condições atmosféricas.  
Finalmente, se a lei fosse integralmente cumprida, os senhores Párocos que em conluio com  os autarcas andam a patrocinar romarias incendiárias, teriam mais recato nas manifestações de fervor religioso, deixando de acoplar às procissões o habitual foguetório incendiário. 
O busílis na interpelação de Cristas porém, não é esse.  É a insistência da direita em submeter o Estado aos superiores interesses dos  privados.  Para a direita, os privados devem ficar com o lombo e o Estado com o osso.
Ao fim e ao cabo a mesma postura que PSD e CDS têm relativamente aos subsídios ao ensino privado, enquanto se opõem de forma veemente à distribuição gratuita de livros no ensino público.

cronicasdorochedo.blogspot.pt

Sem comentários: