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sábado, 3 de março de 2018

Cinco gráficos para entender as eleições italianas

Cinco gráficos para entender as eleições italianas



A Euronews explica o que precisa para entender as gerais anticipadas de 4 de março.

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A migração domina o debate

Luca Traini, próximo da extrema-direita, matou cinco emigrantes no passado mês de fevereiro. A questão da emigração voltou ao topo da agenda, ainda que, na verdade, nunca tivesse deixado de estar.
A Itália encontra-se na linha da frente da chamada crise dos migrantes e refugiados. Tem recebido milhares de pessoas, grande parte das quais chega da África subsaariana.
O fenómeno fez com que muitos partidos populistas, com posições claramente contra os imigrantes, tenham subido nas intenções de voto. Uma tendência que fez com que políticos com visões mais moderadas adotassem um discurso mais radical.

O desemprego frustra os eleitores

Alguns analistas dizem que a taxa de desemprego em Itália, nos 11,2%, é superior à média europeia - 7,7%, o que deixa muitos eleitores insatisfeitos.
Mas o desemprego jovem é mais preocupante. A Itália tem uma das mais elevadas taxas de jovens com menos de 25 anos sem emprego - 34,8% em 2017. Em 2014, a taxa chegava aos 42,7%
O problema da falta de estabilidade no emprego é também preocupante. Muitos dos que não se encontram inscritos nos centros de emprego trabalham com contratos a prazo, que se encadeiam.

A dívida continua a ser um problema

A dívida pública italiana continua como uma das mais elevadas de toda a União Europeia, superada apenas pela da Grécia.
Espera-se que os resultados das eleições tenham um forte impacto na forma como esta crise da dívida será abordada. Seja como for, o posicionamento de um futuro Executivo italiano terá consequências para toda a zona euro.

O euro é necessário para a economia nacional

Os partidos populistas - tanto à esquerda como à direita - poderão conseguir até 40% dos votos, se tivermos em conta as principais sondagens publicadas em Itália. Há quem diga que, se o Movimento 5 Estrelas formar Governo, o país poderia passar por um referendo para deixar a zona euro.
Mas alguns analistas dizem que tal não será possível, já que as exportações italianas para outros Estados da União Europeia são demasiado importantes para a economia nacional.
Itália é o quinto maior exportador do bloco, de acordo com dados do Eurostat. Cerca de 85% das exportações concentram-se no setor manufatureiro.

A corrupção ajuda os partidos populistas

Os analistas dizem que há uma grande desconfiança da parte do eleitorado a respeito das instituições públicas, o que favorece o voto nos partidos populistas e considerados antissistema.
A Itália é considerada como um dos países mais corruptos da zona euro e um dos mais corruptos entre os países mais avançados.
Uma situação que favorece a retória anti-elite e anti-partidos políticos, especialmente contra os partidos tradicionais e que formaram Governo anteriormente.

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