UM POENTE DIFERENTE, À BEIRA TEJO - Cavalo desenhado a ferro e fogo
Quis falar do Mondego e, na verdade,
É da foz do meu Tejo que vos falo
E cresce cá por dentro a voz que calo
E conta das saudades sem saudade
Solta-se o sonho oblíquo à claridade
E a linha de horizonte é um cavalo
Que não sei se lá está, se imaginá-lo
É lapso de memória ou se é vontade…
Galopa o meu poente à beira Tejo
Rumo a essas lonjuras que nem vejo
Por estarem tão além do meu futuro
Sobra então, do sonhado, o claro espanto
Do cavalo-solar que aqui levanto
E rasga, a ferro e fogo, um céu já escuro!
Maria João Brito de Sousa
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