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sábado, 12 de novembro de 2011

UM POENTE DIFERENTE, À BEIRA TEJO - Cavalo desenhado a ferro e fogo


Quis falar do Mondego e, na verdade,

É da foz do meu Tejo que vos falo

E cresce cá por dentro a voz que calo

E conta das saudades sem saudade



Solta-se o sonho oblíquo à claridade

E a linha de horizonte é um cavalo

Que não sei se lá está, se imaginá-lo

É lapso de memória ou se é vontade…



Galopa o meu poente à beira Tejo

Rumo a essas lonjuras que nem vejo

Por estarem tão além do meu futuro



Sobra então, do sonhado, o claro espanto

Do cavalo-solar que aqui levanto

E rasga, a ferro e fogo, um céu já escuro!








Maria João Brito de Sousa
blog pekenasutopias

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