Obama e EUA – Assassinar... mas legalmente
Mais uma vez, cumpriram esse desígnio quase divino (como quase tudo o que fazem) enviando “corajosamente” alguns aviões não tripulados, para assassinar um tal Anwar al-Awlaki, alegadamente membro da al-Qaeda. Claro que, na passada, também assassinaram “um outro” que estava por lá ocasionalmente, e, provavelmente, toda a gente que estava na casa... mas como já se viu, isso não é coisa que tire o sono aos “heróis”, sentados ao comando dos aviõezinhos, tal como não faz pestanejar os pilotos que (e esses presencialmente) têm arrasado escolas, hospitais, casas particulares, ruas, bairros inteiros... exterminando milhares de inocentes e abrindo caminho ao extraordinário e tão “solidário” negócio multimilionário da “reconstrução”, o segundo negócio mais lucrativo dos fabricantes, negociantes e traficantes de armamentos. Como assistimos na Líbia e na longa lista de intervenções militares americanas que antecederam esta.
Não espanta que nada disto incomode a maioria dos cidadãos dos EUA. Um povo que tem gente capaz de, como eu vi e ouvi, ovacionar histericamente num estúdio de televisão um dos candidatos ao lugar de representante republicano às próximas eleições presidenciais, quando foi anunciado que ele era o “campeão” absoluto das execuções de penas capitais nas prisões do seu Estado, no papel de Governador, com a marca de quase duzentas e cinquenta mortes desde o ano 2000... é um povo capaz de tudo.
Agora o que me deixa sem grandes adjectivos é o monstruoso cinismo que é preciso para vir depois alertar os turistas americanos e o mundo em geral, para os possíveis actos terroristas e outras acções violentas, que os amigos e companheiros destes homens agora assassinados possam cometer, como retaliação contra este acto deliberado e terrorista dos EUA.
O mito Obama vai caindo, inexoravelmente, como uma construção de areia. Provavelmente, dentro de pouco tempo já só mesmo Mário Soares restará para o aplaudir... enquanto se baba.
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