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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mário Alberto (1925-2011)




Concedeu-me o privilégio de, ainda um jovem principiante na profissão das cantigas, ter participado com ele e com a Maria do Céu Guerra na fundação do (agora já) histórico grupo de teatro “A Barraca”, nos idos de 1976, muito pouco tempo depois de me ter conhecido no “Teatro Adoque”.
Era um manancial de tudo: de inconformismo, de resistência tenaz contra a mediocridade e a estupidez, de criatividade imparável, de humor cortante, de ternura, de fantásticas estórias de vida.
Era simultaneamente criador, divulgador e convicto praticante de uma espécie de “anarco-comunismo”, por vezes explosivo, por vezes mesmo em cima do risco do verosímil... mas sempre, sempre desafiador e estimulante.
Vi-o pela última vez no seu habitat natural, algures entre os Restauradores e o Parque Mayer. Eu, já quase com a idade que ele tinha quando o conheci, ele já não muito bem de saúde. Como estava certo de eu continuar a ser terreno fértil para as suas estórias, humor e disparos em todas as direções, recuperou ali mesmo o nosso tanto tempo perdido, pôs aquele sorriso tremendo que usava para “produzir” as suas “maldades”... e durante uma bela meia hora aquela esplanada da Avenida foi uma festa para mim.
Obrigado, Mário Alberto!

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