Milhares em manifestação contra "programa de agressão" da troika
01.10.2011
A manifestação em Lisboa, a descer a Avenida da Liberdade (Foto: DR)
Milhares de pessoas estão reunidas em Lisboa e no Porto, para se manifestarem contra o “programa de agressão” da troika. Só em Lisboa, a CGTP fala em 130 mil manifestantes. A PSP não forneceu qualquer estimativa.
O protesto foi convocado pela CGTP, mas as queixas que se fazem ouvir nas ruas vão muito além das questões do trabalho.
Na capital, os manifestantes reuniram-se inicialmente no Saldanha, onde se encontravam cartazes contra os aumentos na energia e nos transportes públicos, contra os cortes nos subsídios de Natal, na saúde e nos apoios à cultura. Estas são apenas algumas das razões que levaram as pessoas a sair de casa.
“O Estado não pode demitir-se ao apoio na área da cultura”, disse ao PÚBLICO um actor de Évora, que se deslocou de propósito a Lisboa para a manifestação, que sai do Saldanha, passa pelo Marquês de Pombal e desce a Avenida da Liberdade até aos Restauradores. Veio, com os companheiros de profissão, “lutar contra os cortes”. “O mundo não está condenado à barbárie.”
Ao Saldanha chegaram autocarros provindos de vários pontos do país (a concentração de Lisboa destina-se às pessoas que moram da linha de Castelo Branco para baixo; as que ficam para cima, seguiram para o Porto). Na Rotunda, os Precários Inflexíveis – uma organização que luta contra a precariedade no trabalho para os jovens – são um dos grupos que se juntam ao protesto da CGTP.
A PSP por ora não avança qualquer número de participantes na manifestação. A previsão da CGTP, antes do início do protesto, era a de que iriam acontecer “duas grandes manifestações, com muitos milhares de participantes”. Arménio Carlos, da comissão executiva da Intersindical, falou à Lusa em “dois grandes momentos de luta social”.
No Porto, concentraram-se milhares de manifestantes em dois locais – na praça "dos leões" e na Batalha. Os dois grupos vão encontrar-se na Praça da Liberdade, ao fundo da Avenida dos Aliados, onde o coordenador da União dos Sindicatos do Porto e membro da comissão executiva da CGTP-IN, João Torres, vai discursar.
O "programa de agressão" da troika é o principal alvo dos protestos, com muitos dos cartazes a darem conta do sentimento de "roubo" imposto pelas medidas de austeridade. "Não roubem o povo", lê-se numa das lonas. Outra afirma que esta é "a hora da luta".
A acompanhar as manifestações, tanto em Lisboa como no Porto, encontram-se várias figuras destacadas do PCP, do Bloco de Esquerda e dos Verdes, incluindo alguns deputados à Assembleia de República. De resto, nota-se que grande parte dos protestantes pertence a uma faixa etária mais elevada, apesar de também estarem presentes muitos jovens. Exigem um aumento da produção nacional e subida dos salários.
A Intersindical convocou as duas manifestações “contra o empobrecimento e as injustiças”, porque considera que as medidas de austeridade que têm sido impostas aos portugueses levam à recessão económica e consequentemente ao aumento do desemprego e da precariedade.
Publico
Na capital, os manifestantes reuniram-se inicialmente no Saldanha, onde se encontravam cartazes contra os aumentos na energia e nos transportes públicos, contra os cortes nos subsídios de Natal, na saúde e nos apoios à cultura. Estas são apenas algumas das razões que levaram as pessoas a sair de casa.
“O Estado não pode demitir-se ao apoio na área da cultura”, disse ao PÚBLICO um actor de Évora, que se deslocou de propósito a Lisboa para a manifestação, que sai do Saldanha, passa pelo Marquês de Pombal e desce a Avenida da Liberdade até aos Restauradores. Veio, com os companheiros de profissão, “lutar contra os cortes”. “O mundo não está condenado à barbárie.”
Ao Saldanha chegaram autocarros provindos de vários pontos do país (a concentração de Lisboa destina-se às pessoas que moram da linha de Castelo Branco para baixo; as que ficam para cima, seguiram para o Porto). Na Rotunda, os Precários Inflexíveis – uma organização que luta contra a precariedade no trabalho para os jovens – são um dos grupos que se juntam ao protesto da CGTP.
A PSP por ora não avança qualquer número de participantes na manifestação. A previsão da CGTP, antes do início do protesto, era a de que iriam acontecer “duas grandes manifestações, com muitos milhares de participantes”. Arménio Carlos, da comissão executiva da Intersindical, falou à Lusa em “dois grandes momentos de luta social”.
No Porto, concentraram-se milhares de manifestantes em dois locais – na praça "dos leões" e na Batalha. Os dois grupos vão encontrar-se na Praça da Liberdade, ao fundo da Avenida dos Aliados, onde o coordenador da União dos Sindicatos do Porto e membro da comissão executiva da CGTP-IN, João Torres, vai discursar.
O "programa de agressão" da troika é o principal alvo dos protestos, com muitos dos cartazes a darem conta do sentimento de "roubo" imposto pelas medidas de austeridade. "Não roubem o povo", lê-se numa das lonas. Outra afirma que esta é "a hora da luta".
A acompanhar as manifestações, tanto em Lisboa como no Porto, encontram-se várias figuras destacadas do PCP, do Bloco de Esquerda e dos Verdes, incluindo alguns deputados à Assembleia de República. De resto, nota-se que grande parte dos protestantes pertence a uma faixa etária mais elevada, apesar de também estarem presentes muitos jovens. Exigem um aumento da produção nacional e subida dos salários.
A Intersindical convocou as duas manifestações “contra o empobrecimento e as injustiças”, porque considera que as medidas de austeridade que têm sido impostas aos portugueses levam à recessão económica e consequentemente ao aumento do desemprego e da precariedade.
Publico
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