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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Prêmio Nobel da Paz de 2011 é dividido entre três mulheres - Alguma historia sobre a atribuição do Nobel da paz aqui no Desenvolturas e Desacatos

Prêmio Nobel da Paz de 2011 é dividido entre três mulheres

Ellen Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram laureadas 




Três mulheres- a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a também liberiana Leymah Gbowee e a ativista iemenita Tawakkul Karman- foram laureadas com o Prêmio Nobel da Paz de 2011.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (7) em Oslo, Noruega, pelo comitê que outorga o prêmio desde 1901. As vencedoras vão dividir um prêmio de US$ 1,5 milhão.
Thorbjoern Jagland, presidente do comitê do Nobel, argumentou que as laureadas foram "recompensadas por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz".
"A esperança do comitê é de que o prêmio ajude a colocar um fim na opressão às mulheres que ainda ocorre em muitos países e a reconhecer o grande potencial para democracia e paz que as mulheres podem representar", disse o presidente do comitê.
"Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulheres não obtêm as mesmas oportunidades que os homens para influir nos acontecimentos em todos os níveis da sociedade", disse Jagland.


Tawakkul Karman, Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee
Ellen Johnson Sirleaf, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser livremente eleita presidente de um país africano, em 2005.
Economista e mãe de quatro filhos,  a "Dama de Ferro" tenta a reeleição em pleito marcado para esta terça-feira (11).
"Desde sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres", disse Jaglan, ao justificar a premiação
Sua compatriota Leymah Gbowee teve um papel importante como ativista durante a segunda guerra civil liberiana, em 2003.
Ela mobilizou as mulheres no país pelo fim da guerra, organizando inclusive uma "greve de sexo" em 2002.
Também organizou as mulheres acima de suas divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos políticos para elas.
E Tawakkul Karman, ativista iemenita pró-direitos das mulheres, tem importante participação na chamada Primavera Árabe, movimento pró-abertura democrática que vem sacudindo politicamente vários países do mundo árabe desde o início do ano.
Em entrevista à TV Al Jazeera, ela disse que o prêmio é "uma vitória para todos os ativistas iemenitas", mas que a luta pelos direitos continua no país.
"Nas mais difíceis circunstânias, tanto antes como depois da Primavera Árabe, Tawakkul Karman teve um papel importante na luta pelos direitos das mulheres, pela democracia e pela paz no Iêmen", segundo o comitê.
O Nobel é escolhido por um comitê norueguês de cinco membros, apontados pelo Parlamento da Noruega.
Geralmente, a tendência é optar pela diversidade dos ganhadores. No ano passado, o ativista chinês pró-democracia Liu Xiaobo foi o ganhador.
Em 2009, foi o presidente dos EUA, Barack Obama, por conta de seus esforços em relação à questão nuclear.
Poucas mulheres
Até agora, em 111 anos, apenas 12 mulheres haviam recebido o Nobel da Paz.
A última mulher a ganhar  também foi uma africana, a militante ecologista queniana Wangari Maathai, que morreu há pouco.
Em 2011, o Nobel da Paz registrou uma cifra recorde de 241 candidaturas de indivíduos e organizações.
O prêmio será entregue em Oslo no próximo dia 10 de dezembro.
Desde 1901
Estabelecido em 1901, o Prêmio Nobel tem o objetivo de reconhecer pessoas que tiveram atuações marcantes nas área da física, da química, da medicina, da literatura, da paz -e, desde 1968, também da economia.
O prêmio foi estabelecido pelo cientista e inventor sueco Alfred Nobel, criador da dinamite, que morreu em 1895 e uma fundação para administrá-lo.
A premiação consiste de uma medalha, um diploma e um prêmio em dinheiro de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,5 milhão.
Todos os prêmios são concedidos em Estocolmo, capital da Suécia, a não ser o da paz, que é dado em Oslo, capital da Noruega.
Na época em que Nobel era vivo, a Noruega e a Suécia estavam unidas numa monarquia - que durou até 1905, quando a Noruega tornou-se um reino independente. Em seu testamento, Nobel determinou que o prêmio da Paz deveria ser decidido por um comitê norueguês.
Os laureados com o prêmio são escolhidos de uma lista de nomeados, que não é divulgada previamente. Portanto, apesar de haver sempre muitos palpites e "favoritos", é muito difícil saber quem vai vencer.
Muitas vezes, o escolhido passa longe das previsões divulgadas pela imprensa na semana da premiação.
Neste ano, o nome de Ellen Johnson Sirleaf era citado entre os favoritos. E também se falava muito na possibilidade de algum nome ligado à Primavera Árabe ser escolhido. As informações são do G1.
Confusão total no parlamento
 

 
Gritos, interrupções e ameaças de cancelar a audição do ministro da Economia marcaram a tarde na Assembleia da República. Há deputados que ameaçaram abandonar o parlamento (actualizada.) O ministro da Economia está hoje no Parlamento para apresentar o plano estratégico dos transportes. Mas em vez documento, o ministro apresentou um power-point com apenas nove páginas de conteúdo.
Assim, o documento não foi, nem será entregue aos deputados. Apenas será divulgado na quinta-feira.
Esse facto gerou a confusao total. Houve mesmo deputados a insultarem-se, a gritaram por cima uns dos outros, e tudo só acabou quando o Presidente da Comissão ameaçou cancelar a sessão.
A intervenção do ministro, que começou 50 minutos depois do horário, gerou forte polémica. Expressões como «falsidade», «manipulação» e «falta de seriedade» fizeram-se ouvir na comissão de economia.
Bruno Dias, do PCP, esteve 12 minutos a dar um 'raspanete' ao ministro. «Com quem se informa antes de vir para aqui, se nem nos fait-divers acerta?», disse, referindo-se à intervenção do ministro sobre os benefícios dos trabalhadores.
Os protestos ruidosos fizeram-se ouvir na sala da comissão de economia. «Fantochada», disse Ana Paula Vitorino, ex-secretária de Estado dos Transportes (PS). Heloísa Apolónia, dos Verdes, e os deputados do PS estiveram na iminência de abandonar o Parlamento em protesto.
Consulte aqui o corte drástico no sector dos transportes em 2012.
frederico.pinheiro@sol.pt
Amor - O Interminável AprendizadoAffonso Romano de Sant'Anna

Criança, ele pensava: amor, coisa que os adultos sabem. Via-os aos pares namorando nos portões enluarados se entrebuscando numa aflição feliz de mãos na folhagem das anáguas. Via-os noivos se comprometendo à luz da sala ante a família, ante as mobílias; via-os casados, um ancorado no corpo do outro, e pensava: amor, coisa-para-depois, um depois-adulto-aprendizado.

Se enganava.

Se enganava porque o aprendizado de amor não tem começo nem é privilégio aos adultos reservado. Sim, o amor é um interminável aprendizado.

Por isto se enganava enquanto olhava com os colegas, de dentro dos arbustos do jardim, os casais que nos portões se amavam. Sim, se pesquisavam numa prospecção de veios e grutas, num desdobramento de noturnos mapas seguindo o astrolábio dos luares, mas nem por isto se encontravam. E quando algum amante desaparecia ou se afastava, não era porque estava saciado. Isto aprenderia depois. É que fora buscar outro amor, a busca recomeçara, pois a fome de amor não sabia nunca, como ali já não se saciara.

De fato, reparando nos vizinhos, podia observar. Mesmo os casados, atrás da aparente tranqüilidade, continuavam inquietos. Alguns eram mais indiscretos. A vizinha casada deu para namorar. Aquele que era um crente fiel, sempre na igreja, um dia jogou tudo para cima e amigou-se com uma jovem. E a mulher que morava em frente da farmácia, tão doméstica e feliz, de repente fugiu com um boêmio, largando marido e filhos.
Então, constatou, de novo se enganara. Os adultos, mesmo os casados, embora pareçam um porto onde as naus já atracaram, os adultos, mesmo os casados, que parecem arbustos cujas raízes já se entrançaram, eles também não sabem, estão no meio da viagem, e só eles sabem quantas tempestades enfrentaram e quantas vezes naufragaram.

Depois de folhear um, dez, centenas de corpos avulsos tentando o amor verbalizar, entrou numa biblioteca. Ali estavam as grandes paixões. Os poetas e novelistas deveriam saber das coisas. Julietas se debruçavam apunhaladas sobre o corpo morto dos Romeus, Tristãos e Isoldas tomavam o filtro do amor e ficavam condenados à traição daqueles que mais amavam e sem poderem realizar o amor.

O amor se procurava. E se encontrando, desesperava, se afastava, desencontrava.

Então, pensou: há o amor, há o desejo e há a paixão.
O desejo é assim: quer imediata e pronta realização. É indistinto. Por alguém que, de repente, se ilumina nas taças de uma festa, por alguém que de repente dobra a perna de uma maneira irresistivelmente feminina.
Já a paixão é outra coisa. O desejo não é nada pessoal. A paixão é um vendaval. Funde um no outro, é egoísta e, em muitos casos, fatal.

O amor soma desejo e paixão, é a arte das artes, é arte final.

Mas reparou: amor às vezes coincide com a paixão, às vezes não.

Amor às vezes coincide com o desejo, às vezes não.

Amor às vezes coincide com o casamento, às vezes não.

E mais complicado ainda: amor às vezes coincide com o amor, às vezes não.

Absurdo.

Como pode o amor não coincidir consigo mesmo?

Adolescente amava de um jeito. Adulto amava melhormente de outro. Quando viesse a velhice, como amaria finalmente? Há um amor dos vinte, um amor dos cinqüenta e outro dos oitenta? Coisa de demente.

Não era só a estória e as estórias do seu amor. Na história universal do amor, amou-se sempre diferentemente, embora parecesse ser sempre o mesmo amor de antigamente.

Estava sempre perplexo. Olhava para os outros, olhava para si mesmo ensimesmado.

Não havia jeito. O amor era o mesmo e sempre diferenciado.

O amor se aprendia sempre, mas do amor não terminava nunca o aprendizado.

Optou por aceitar a sua ignorância.

Em matéria de amor, escolar, era um repetente conformado.

E na escola do amor declarou-se eternamente matriculado.

Texto extraído do livro "21 Histórias de amor", Francisco Alves Editora

 

 

Espanhóis da Andaluzia confirmam presença no grande protesto contra as portagens na Via do Infante

Os Espanhóis da Andaluzia, particularmente da Província de Huelva, confirmaram a sua presença no grande protesto contra as portagens na Via do Infante, que vai ter lugar no próximo Sábado, dia 8 de Outubro, por todo o Algarve, na EN 125 e na A22, num percurso de mais de 120 klm. A chefiar a delegação espanhola encontra-se o Alcaide de Ayamonte. Os Espanhóis partirão da Rotunda do Polígono Industrial (cerca del Puente), em Ayamonte, pelas 14.30 h (hora espanhola), chegando à Rotunda do Infante, em Altura, pelas 14.00 h, incorporando-se na marcha lenta a caminho do Parque das Cidades, em Faro.


Como se sabe, a imposição de portagens na Via do Infante irá provocar, não só uma calamidade económica e social no Algarve, já a viver uma das suas maiores crises, mas igualmente irá afetar negativamente o tecido social e económico da nossa vizinha Andaluzia. Neste contexto, ultimamente os nossos vizinhos andaluzes têm empreendido diversas iniciativas e aprovado muitas resoluções, tanto no Parlamento de Andaluzia e Deputação Provincial de Huelva, como em muitos Ayuntamentos da região, os últimos dos quais em Cartaya e Punta Umbria.

Por outro lado, a grande marcha de protesto de dia 8 de outubro, organizada pela Comissão de Utentes da Via do Infante, Grupo Algarve (Facebook) – Portagens na A22 Não, CFC - Movimento Com Faro no Coração e Moto-Clube de Faro, recebeu o apoio da União dos Sindicatos do Algarve (CGTP), que também irá mobilizar as suas estruturas na região.

Como anteriormente foi anunciado, a marcha lenta envolvendo diversos tipos de viaturas, como carros ligeiros, motas e veículos pesados irá ocorrer no próximo dia 8 de Outubro (aniversário da 1ª marcha lenta em 2010), entre as 14,00 e as 20,00 horas, numa extensão de mais de 120 km, envolvendo a EN 125 e a Via do Infante.

Haverá 4 pontos principais de partida: Altura (Castro Marim) – junto à rotunda do Restaurante “O Infante”, na EN 125, pelas 14.00 h; Portimão, no Parque das Feiras, pelas 14.30h;

Tavira, rotunda dos Moinhos, (acesso à Via do Infante), pelas 15h.; e Albufeira, em Valparaíso, pelas 15h.

Todo este grande movimento irá confluir para o Parque das Cidades (Estádio do Algarve), daqui arrancando pelas 16.00 h a caminho de Faro, passando pelo Patacão, rotunda do aeroporto, rotunda do Fórum Algarve e rotunda do Teatro Municipal, estando prevista uma grande concentração final do protesto frente ao Fórum, entre as 17.00 e as 18.00 h.

A Comissão de Utentes da Via do Infante apela a todos os utentes, entidades e cidadãos em geral, particularmente do Algarve, para que dia 8 mostrem a sua indignação contra a injustiça e a arbitrariedade, participando na grande movimentação social que constitui a luta contra as portagens na Via do Infante.

Os Canalhas Deste País....



O Senhor da foto, acho que Sr. Doutor, não sei até que ponto não terei que escrever Senhor Professor Doutor António Borges, director do departamento europeu do FMI, afirmou que Portugal não pode manter todos os privilégios e todas as ineficiências e esperar sair-se bem do combate à crise.

É um facto. Os trabalhadores deste país são uns sortudos. Têm previlégios sem fim. Têm os seus empregos garantidos para toda a vida. O acesso ao ensino e à saúde é universal e gratuito. Os salários estão garantidos no final de cada mês. Na mesa de cada português não falta a carne, o peixe e a fruta. Não há fome neste país. Não há despedimentos. Vivemos no país das maravilhas...

Não.Não estou a chamar de canalha ao senhor da foto. Nem ao senhor Alexandre Soares dos Santos, Presidente do Grupo Jerónimo Martins, ou Pingo Doce que, quando confrontado com a possibilidade de taxarem as fortunas deste país, afirmou que não era rico mas sim um trabalhador. Os canalhas deste país são os trabalhadores. Por causa dos seus previlégios. Eu sou um canalha porque já fui um trabalhador. O Senhor Alexandre Soares dos Santos também é um trabalhador. O Senhor da foto confesso que não sei se trabalha...
 
Tia Anica de Loulé. blogspot.com

 

imagem da net post. A.G.

Contos tradicionais portugueses



Nos três processos, dois contra-ordenacionais e um processo-crime, os arguidos (nem sempre coincidentes) são acusados de ocultação de informação ao mercado e aos supervisores, falsificação de contas e manipulação de mercado (para quem não se lembre, ler aqui).

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blog O país do burro

Apesar do excessivo “stress”...






Diz-nos um estudo da FIA que os taxistas de Lisboa são dos melhores da Europa.
Sem dúvida! São tão bons, que um deles já praticamente não tem tempo para pegar no volante, tantos são os convites para ir às televisões fazer comentários sobre economia, sobre política, sobre economia política, política económica... o preço da bandeirada...

Se me perguntas



Se me perguntas de que águas me alimento,
digo-te do tempo em que os rios,
tranquilos rios de penas brancas, amaciavam
mágoas nos ombros da verdura.
Nada mais te digo que hoje todas as palavras
são águas de outros rios.
Cansados rios de chumbo
e desassossego.


 

                         rosa albardeira, flor campestre

                               imagem retirada da net por A.G.

 

UMA UNICA FLOR




Nada há como a Primavera florida
A cantar humilde e deslumbrante
No bosque calmo e natural
Que vibra submisso
Ao simples encanto
De uma única flor colorida

http://José Maria Alves. blogspot.com

ALGARVE - PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES - Contra cobranças atrasadas das taxas moderadoras

Contra cobranças atrasadas das taxas moderadoras
No documento distribuído às redações o PCP Algarve denuncia situações concretas, designadamente no que diz respeito à saúde no que toca à “crescente falta de pessoal”.
Os comunistas manifestam ainda “repúdio pelas taxas hospitalares, respeitantes a episódios ocorridos em anos atrasados, que estão a ser cobradas a centenas de utentes do Hospital de Faro e que atingem a “tarifa básica” dos 100 euros, quando em muitas situações, se aquilo que era devido não foi pago, foi porque naquela altura não foi pedido”.
Salários em atraso em unidades hoteleiras, a ofensiva política que "visa o Poder Local democrático, com a intenção de extinção de freguesias e o fim do pluralismo na composição dos órgãos", bem como o aumento do desemprego ou os cortes nos apoios sociais, são outras das situações denunciadas.
Reiterando a exigência para o lançamento de um plano de relançamento da economia regional que minimize a crise, o PCP salienta a necessidade de, “a partir dos problemas concretos, serem dinamizadas lutas, protestos e outras iniciativas que deem expressão aos problemas reais dos trabalhadores e das populações”.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O miserável negócio da doença



Não sei se sinta vergonha, enquanto cidadão português, ou se apenas asco.
Sempre que ouço na televisão ou leio nos jornais alguma “medida”, ou ideia do “Cobrador da Saúde” que está a fazer de ministro, nunca se trata de alguma coisa realmente ligada a questões de saúde pública, de avanços civilizacionais na relação do “sistema” com os doentes... nada! É sempre de dinheiro que se fala. O homem não vai um passo para além das contas de mercearia.
Entretanto, os grandes problemas da medicina vão sendo confinados às questões de papelinhos… como se pode ver nesta estória:
Enquanto os médicos portugueses em excesso - que não há – não tiverem a certeza de existir um “documento de reciprocidade” dizendo que podem ir trabalhar para a Costa Rica – para onde não querem ir – os médicos da Costa Rica que foram contratados para suprir a nossa falta de médicos, não serão inscritos na Ordem, logo, não poderão trabalhar em Portugal, junto dos milhares de cidadãos que não têm acesso, entre muitas outras coisas, a um médico de família.
O que me leva de novo ao início deste desabafo. Sempre que ouço na televisão ou leio nos jornais alguma “medida”, ou ideia do “Cobrador da Saúde” que está a fazer de ministro, não sei se sinta vergonha, enquanto cidadão português, ou se apenas asco.

Madeira divulga estudo que diz que dívida de Portugal é de 332,8 mil milhões

 
A dívida pública de Portugal ascende a 332,8 mil milhões de euros, o que corresponde a 203,1 por cento do seu PIB, segundo um estudo do Governo Regional da Madeira que será divulgado na quinta-feira. O deputado do PSD em S. Bento, Guilherme Silva, revelou à agência Lusa que esse documento, será tornado público no debate que está agendado para quinta-feira na Assembleia da República a propósito da dívida da Madeira.
Acrescentou que se trata de um estudo desenvolvido pelo Governo Regional para avaliar o peso da dívida pública do arquipélago nas responsabilidades financeiras de Portugal que concluiu que estas representam 1,8 por cento da dívida pública de Portugal.
«O estudo foi feito para comparar os números que tinham sido apresentados pelo ministro das Finanças e verifica-se que as proporções que se referenciam, relativamente a esta região, são muitíssimo mais surpreendentes e abismais, quando se faz o mesmo tipo de rácio relativamente ao Estado», declarou.
Com 267.938 habitantes, a Madeira representa 2,5% da população residente de Portugal, embora o seu Produto Interno Bruto (PIB) (5.100 milhões de euros) represente 3 por cento de toda a riqueza gerada no país.
De acordo com este documento, a que a Lusa teve acesso, a dívida directa de Portugal é de 159,5 mil milhões de euros (97,5 por cento do PIB), o sector empresarial do Estado tem responsabilidades financeiras que ascendem a 165,8 mil milhões de euros e as autarquias locais têm uma dívida de 7,4 mil milhões, um valor que é relativo ao final de 2010 e que não inclui os passivos das empresas municipais.
Com base neste estudo, a dívida per capita do Estado/autarquias do Continente representa 33.159 euros, correspondendo a 897 por cento das suas receitas efectivas e 1.031 por cento da receita fiscal.
O total das responsabilidades financeiras da Madeira apontadas pelo levantamento feito pelo Ministério das Finanças é de 6,3 mil milhões de euros, o que representa 123,5 por cento do seu PIB.
Quanto à dívida directa (3 mil milhões de euros) representa 60,2 por cento do PIB, enquanto a dívida per capita dos madeirenses é de 23.512 euros, representando 596 por cento das suas receitas efectivas e 922 por cento das receitas fiscais.
Este estudo considera duas variáveis, com e sem a inclusão dos 106,7 mil milhões de euros da dívida financeira da Caixa Geral de Depósitos.
De acordo com os dados, «se não for considerada esta dívida, que integra, contudo, o sector empresarial do Estado, as responsabilidades financeiras de Portugal ascendem a 226,1 mil milhões de euros, o que representa 138 por cento do PIB, 609 por cento das receitas efectivas e 700 por cento das receitas fiscais».
«Neste último caso a dívida da Madeira seria de 2,7 por cento de todas as responsabilidades financeiras de Portugal», conclui o documento.
Para Guilherme Silva, estes dados significam que «o Estado não tem grande moral para fazer uma crítica ou isolar a situação da Madeira, como uma situação singular».
Questionado sobre se este levantamento tinha já sido feito pelo Estado português, Guilherme Silva respondeu que se «está a assistir a uma situação inédita».
«Só há contas transparentes e com rigor e apuradas, relativamente à Região Autónoma da Madeira, relativamente ao que seja as dívidas das autarquias do Continente, no seu global e das empresas municipais, das dívidas do sector empresarial do Estado, tudo isso está numa nebulosa que ainda não sabemos», disse.
Garantiu ainda que «este documento toma por base documentos minimamente fidedignos das instâncias oficiais, designadamente dos dados estatísticos e de outras instâncias como o Tribunal de Contas e o Banco de Portugal e permite, pelo menos, numa aproximação minimamente rigorosa, ter essa conclusão».
Lusa/SOL

5 de Outubro - Ainda as cerimónias... um pequeno resumo




Mário Soares achou o discurso de Cavaco o mais republicano. Por uma vez, estou de acordo com Soares; também me pareceu que nada daquilo era “real”.
Quanto ao resto e muito resumidamente, como prometi, Cavaco abriu a boca (miraculosamente livre de bolos), acertou "acidentalmente" no apelo à produção (que ele próprio ajudou a destruir), para logo de seguida faltar ao respeito aos trabalhadores portugueses, culpando-os pela crise, com a cassete das “ilusões” e do andarmos a “viver acima das nossas possibilidades”... deixando-se a si próprio do lado de fora da culpa e esquecendo os milhares de milhões de euros roubados pelos seus mais diretos colaboradores e amigos ao longo dos últimos trinta anos... e que ainda hoje vivem à tripa forra.
Depois, Sua Excelência bebeu mais um gole do seu “sumol” de feno, zurrou com extrema elegância... e foi para dentro.

Acabaram os tempos de ilusões

Os ilusionistas têm sempre muita audiência e são tidos como ídolos por muitos dos apreciadores das suas habilidades, por muitos dos seus fãs. Coisa parecida se passa com o espectáculo das campanhas eleitorais em que as promessas são sementes de tal produto aliciante. É que a ilusão ajuda a viver suportando as dificuldades que, com ela, ficam secundarizadas perante as perspectivas do «milagre».

Por isso, anunciar que «acabaram os tempos das ilusões» constitui uma grande machadada psíquica, um terrorismo psicológico que nos torna a vida mais amarga.

Estou a procurar imaginar como me irei sentir quando forem destruídas as minhas ilusões, alimentadas pelos actuais políticos, de que:

- A corrupção e o enriquecimento ilícito vão ser combatidos com rigor e eficácia, sem olhar a quem tem sido tradicional beneficiado;
- A justiça social vai melhorar a vida dos mais pobres e reduzir o fosso astronómico entre os 100 mais pobres e os 100 maia ricos;
- Os gestores do dinheiro público, dos nossos impostos vão usar de mais competência e capacidade e passar a gastar e investir menos do que as receitas do erário público, por forma a deixar de haver défice e dívidas;
- Os governantes e autarcas, por respeito aos cidadãos, democraticamente soberanos, passarão a ser transparentes nas suas decisões com efeitos nacionais, na vida das pessoas e no património de Portugal;
- A saúde vai procurar evitar despesas dispensáveis e abusivas, mas vai centrar a atenção no estado sanitário das pessoas, principalmente crianças , idosos e carentes de meios financeiros, para criar maior bem-estar, felicidade e capacidade para engrandecer Portugal;
- O ensino vai passar a orientar-se por objectivos permanentes visando a preparação dos futuros cidadãos para uma vida eticamente perfeita e competente e não para dar notas altas com a finalidade de obter belas estatísticas;
- A Justiça vai ser mais rápida e eficaz com menos burocracias e entraves, e igual para todos os cidadãos sem branduras para os melhor colocados na máquina do poder (político, financeira, etc.;
- As Foças de Segurança vão passara interessar-se mais pela segurança dos cidadãos e dos seus bens do que pelos recordes de colheita de coimas e multas
- Etc.

Enfim, estou a ficar muito preocupado após o anúncio de que «acabaram os tempos de ilusões», de que estas minhas ilusões vão ser destruídas, porque elas, além de me darem ânimo, contribuiriam para uma saudável saída da crise que resultou de erros e vícios estruturais das sociedades modernas. Tais ilusões, à medida que fossem concretizadas, levantariam nos portugueses o já muito falado e hoje muito ignorado orgulho de ser português.

Sem ilusões, sem esperança, a vida perde estímulo… e não pode ir longe.

Imagem de arquivo

Mário Alberto (1925-2011)




Concedeu-me o privilégio de, ainda um jovem principiante na profissão das cantigas, ter participado com ele e com a Maria do Céu Guerra na fundação do (agora já) histórico grupo de teatro “A Barraca”, nos idos de 1976, muito pouco tempo depois de me ter conhecido no “Teatro Adoque”.
Era um manancial de tudo: de inconformismo, de resistência tenaz contra a mediocridade e a estupidez, de criatividade imparável, de humor cortante, de ternura, de fantásticas estórias de vida.
Era simultaneamente criador, divulgador e convicto praticante de uma espécie de “anarco-comunismo”, por vezes explosivo, por vezes mesmo em cima do risco do verosímil... mas sempre, sempre desafiador e estimulante.
Vi-o pela última vez no seu habitat natural, algures entre os Restauradores e o Parque Mayer. Eu, já quase com a idade que ele tinha quando o conheci, ele já não muito bem de saúde. Como estava certo de eu continuar a ser terreno fértil para as suas estórias, humor e disparos em todas as direções, recuperou ali mesmo o nosso tanto tempo perdido, pôs aquele sorriso tremendo que usava para “produzir” as suas “maldades”... e durante uma bela meia hora aquela esplanada da Avenida foi uma festa para mim.
Obrigado, Mário Alberto!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

RAZÕES PARA TODAS AS MÃOS DESTE MUNDO - Sonetilho imperfeito


O mundo, sem ter razão,
Tem tanta que eu já pensei
Render-me à contradição
Deste mundo em que ela é lei...

Faltou-me a razão, porém,
A tão estranhas intenções
E às razões que o mundo tem
Só oponho estas razões;

Ao nascer de cada dia
Opõe-se o gesto contrário
Que quebra a monotonia

E passa o pão que se cria
Das mãos do Poeta-Operário
Pr´ás mãos que alguém lhe estendia




Maria João Brito de Sousa - 29.09.2011



NA FOTOGRAFIA - Manuel Ribeiro de Pavia, 1956

 

foto retirada da net transformada por António Garrochinho

Europeísmo suicidário


Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram hoje em definitivo UM pacote legislativo que agrava as sanções para os países com derrapagens orçamentais. É bom ou é mau? Para os países em dificuldades, mais do que mau, é suicidário: ao valor dos défices excessivos somam-se agora os valores das sanções, ou seja, as sanções agravam o problema que lhes deu origem. Mas, como “temos que ser positivos”, também há um lado positivo a sublinhar: caiu o argumento de certos “especialistas” segundo o qual a banca nacional não pode ser tributada à mesma taxa que o são as mercearias de bairro, cuja taxa de tributação em sede de IRC mais do que dobra a que é aplicada ao sector financeiro. Ou será que o que é válido para sacrificar populações inteiras já não o é quando se trata de fazer com que o sector financeiro ajude a pagar a crise que o próprio provocou com a sua ganância irresponsável e, não raras vezes, delinquente? Seja lá qual for a resposta, o directório enlouqueceu de vez.
blo O país do burro


Cabo Verde pisca o olho a projeto de algas da Universidade do Algarve
03-10-2011 
O Governo cabo-verdiano está a estudar a possibilidade de instalar no arquipélago uma unidade de produção de algas marinhas para extração de beta-caroteno, utilizado na indústria alimentar como corante, com base num projeto da Universidade do Algarve.  
 
Num comunicado, a Secretaria de Estado dos Recursos Marinhos de Cabo Verde, tutelada por Adalberto Vieira, adianta que a intenção foi manifestada durante uma visita que o governante cabo-verdiano efetuou recentemente a Portugal, onde se deslocou ao pólo universitário algarvio.
O projeto envolve também uma empresa portuguesa líder na produção de algas na região algarvia.
Na sequência da visita de Adalberto Vieira, ficou definida, para breve, a assinatura de um acordo para a instalação, em solo cabo-verdiano, de uma unidade de produção de algas marinhas para a extração de beta-caroteno.
As unidades de extração de algas marinhas podem ser instaladas próximas de fontes de emissão de dióxido de carbono, como, por exemplo, uma dessalinizadora, muito utilizadas em Cabo Verde.
Para tal, aproveita-se a emissão do dióxido de carbono para o respetivo cultivo de algas.
O governante cabo-verdiano está desde hoje em Vigo (Espanha), que alberga o maior porto pesqueiro europeu, para uma série de contactos oficiais com as autoridades locais
Observatório do Algarve

OLHÃO: ABAIXO A CLASSE POLITICA PARASITARIA

O cidadão objecto da carta agora divulgada, apresentou-se na Ambiolhão para pagar a sua conta da agua antes das 16.30 horas e foi impedido de entrar e pagar a conta tal como era sua pretensão e por isso pediu o livro de reclamações.
Vem a Ambiolhão, atraves do seu director Administrativo e financeiro, responder ao cidadão nos termos que a imagem reproduz.
Cabe daqui dizer ao senhor "director", boy socialista para quem foi criado premeditadamente o lugar que:
-Antes a factura da agua era paga na tesouraria da Câmara que tinha quatro funcionarios para atendeimento do publico.
-O horario da tesouraria da Câmara era continuo, o que permitia o pagamento durante a hora do almoço.
-Que o actual horario de atendimento do publico não corresponde ao horario de funcionamento dos serviços que é de cerca de mais uma hora e quinze minutos.
-Que os cidadãos não têm a mesma disponibilidade do "director administrativo e financeiro" que passa demasiadas horas sentado de esplanada de café.
-Pretender que o cidadão se desloque segunda vez para efectuar o pagamento, é obrigar o cidadão a abdicar de outras actividades, para satisfazer a traquinice do "director"
-Aquilo que o "director" Manso designa de boicote ao funcionamento dos serviços da Ambiolhão, revela da incapacidade para gerir um serviço para o qual não está talhado e que só por força do cartão socialista obteve.
O País atravessa um crise profunda na qual mergulhou por via destes, e de outros, rapazinhos candidatos a pequenos ditadores, cuja razão de estarem na politica não é a causa publica, entendida como a satisfação das necessidades das pessoas, mas sim a satisfação de interesses alheios à maioria da população.
Durante o corrente mês vão realizar-se um conjunto de manifestações de desagrado pelas opções governativas, bem como uma semana de greves a realizar de 20 a 27.
Os cortes cegos no salario real dos trabalhadores publicos e privados é um acto de violencia contra revolucionaria, á qual os trabalhadores devem responder na mesma proporção, isto é fazendo greve por tempo indeterminado. O capital não sobrevive sem o trabalho e por isso está nas mãos dos trabalhadores decidir se estão dispostos a pagar a factura que a classe politica criou com a satisfação dos interesses clientelares, com obras acertadas para o calendario eleitoral, tudo menos visando a satisfação das necessidades da nossa população.
Nós não fizemos parte do processo de decisão e não podemos ser obrigados a pagar aquilo que outros fizeram de forma irresponsavel, penhorando o País, e que já deviam estar presos a aguardar julgamento.
O acutal governo não governa, antes é governado pela troika estrangeira, e contra as decisões externas o Povo deve exercer a sua soberania, demitindo toda a classe politica e mudando um regime que já se sente falido,moribundo, mas que teimosamente persiste em governar contra o seu proprio Povo.

Manuel da Fonseca – 100 anos


Este ano vivemos o centenário do nascimento do nosso amigo, companheiro e grande escritor, Manuel da Fonseca. Fui há tempos desafiado para criar um espectáculo que assinalasse, à nossa maneira, a sorte de termos usufruído da arte, da companhia e da personalidade do criador de “Cerromaior”, “Seara de vento”, “Mataram a tuna”, “Tejo que levas as águas”... e tantos outros textos luminosos. Mãos à obra!
Juntei um punhado de cantigas com versos do homenageado musicados por vários autores. Misturei estas com mais cinco ou seis outras cantigas que o Manel gostaria tanto de ouvir quanto gostava dos seus criadores e intérpretes. Convoquei quatro excelentes músicos para me acompanharem, convenci o Cândido Mota a ir ligando tudo isto, em palco, com algumas estórias e versos, eu faço o que posso... e assim está criada a receita para um serão passado com a memória de um dos maiores nomes do neo-realismo português.
O plano inicial era fazer este recital em quatro municípios do distrito de Évora (mais a Festa do Avante... e que bela noite foi aquela!), só que gostei tanto do resultado que agora estou a fazer os possíveis para que se “cometa” esta homenagem em bastantes mais localidades (aceitam-se ajudas e sugestões).
O “ponto fraco” de uma homenagem construída em volta de canções, é que só funciona verdadeiramente se houver quem as ouça e as cante connosco. Por isso, se puderem, apareçam...
Hoje é em Arraiolos, lá para as nove e meia da noite. Até logo!

Start making sense


De cada vez que oiço o António José Seguro fico com a nítida impressão que veste um fato grande demais para quem é o líder do Partido Socialista. Primeiro porque nunca lhe vi as capacidades para ser líder de coisa nenhuma, mas podia estar enganado. Depois porque se lhe juntar o facto de ser oposição com o peso de ter de apoiar o acordo que assinaram com a Troika é areia demais para a camioneta de um líder de oposição. Apesar da ajuda do PSD lhe vai dando, sendo mais Troikista que a própria Troika, não renegando definitivamente o João Jardim e aceitando os pedidos do Seguro de ser recebido com urgência quer o Primeiro Ministro, quer o Presidente, não consegue mostrar ser alternativa para coisa nenhuma. Acaba sempre por concordar com as opções do governo mas pedindo para que as medidas sejam um pouco mais "lights".
Com este não podemos contar para mudar nada, mas a verdade é que nunca pudemos, com os outros que se sentam no Parlamento podemos esperar muitas queixas e acusações mas não a apresentação de uma alternativa credível de poder, pelo que têm de ser as pessoas a assumira essa responsabilidade nas suas mãos. Dia 15 de Outubro algo tem de começar a mudar.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Justiça


A MINISTRA da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, quer acabar com os processos que se arrastam. Há solução para (quase) tudo, e esta até é simples: usem arrastadeiras! O belo exemplar acima é da saudosa Fábrica de Louça de Sacavém, e data de 1870.
Os provocadores estão com sede de sangue

Que diabo levará a PSP e a Polícia Secreta a, apenas horas depois das grandes manifestações (ordeiras e pacíficas) convocadas pela CGTP, fazerem um tal estardalhaço ao divulgarem o seu plano “secreto” para controlar e reprimir os “tumultos” que, segundo eles, estarão para vir, em resultado das medidas de “austeritarismo” das troikas?
1. Será pura estupidez?
2. Será coisa que vem na sequência da fanfarronice agarotada de Passos Coelho, quando disse que «não permitiria tumultos»?
3. Será apenas uma provocação rasca e gratuita contra os trabalhadores?
4. Será o ensaio geral para começarem a infiltrar “agitadores” nas ações de protesto promovidas pelos sindicatos e partidos?
Toda a atenção é pouca!

Obama e EUA – Assassinar... mas legalmente


Mais uma vez, cumpriram esse desígnio quase divino (como quase tudo o que fazem) enviando “corajosamente” alguns aviões não tripulados, para assassinar um tal Anwar al-Awlaki, alegadamente membro da al-Qaeda. Claro que, na passada, também assassinaram “um outro” que estava por lá ocasionalmente, e, provavelmente, toda a gente que estava na casa... mas como já se viu, isso não é coisa que tire o sono aos “heróis”, sentados ao comando dos aviõezinhos, tal como não faz pestanejar os pilotos que (e esses presencialmente) têm arrasado escolas, hospitais, casas particulares, ruas, bairros inteiros... exterminando milhares de inocentes e abrindo caminho ao extraordinário e tão “solidário” negócio multimilionário da “reconstrução”, o segundo negócio mais lucrativo dos fabricantes, negociantes e traficantes de armamentos. Como assistimos na Líbia e na longa lista de intervenções militares americanas que antecederam esta.
Não espanta que nada disto incomode a maioria dos cidadãos dos EUA. Um povo que tem gente capaz de, como eu vi e ouvi, ovacionar histericamente num estúdio de televisão um dos candidatos ao lugar de representante republicano às próximas eleições presidenciais, quando foi anunciado que ele era o “campeão” absoluto das execuções de penas capitais nas prisões do seu Estado, no papel de Governador, com a marca de quase duzentas e cinquenta mortes desde o ano 2000... é um povo capaz de tudo.
Agora o que me deixa sem grandes adjectivos é o monstruoso cinismo que é preciso para vir depois alertar os turistas americanos e o mundo em geral, para os possíveis actos terroristas e outras acções violentas, que os amigos e companheiros destes homens agora assassinados possam cometer, como retaliação contra este acto deliberado e terrorista dos EUA.
O mito Obama vai caindo, inexoravelmente, como uma construção de areia. Provavelmente, dentro de pouco tempo já só mesmo Mário Soares restará para o aplaudir... enquanto se baba.

ALGARVE - PORTAGENS: AS CONSEQUÊNCIAS DA DERROTA

 
Com as portagens em tiro de partida, o retrato de família dos seus apoiantes, dos que não concordam mas aprovam, dos que não aprovam mas votam favoravelmente, dos que se escondem atrás de propostas para o caixote de lixo e, em especial, daqueles que nunca se comprometeram de boca e escrita mas não assumem o compromisso para com a região, não parou de engrossar.
Mesmo com uma nova contestação na agenda, nos limites de cumprir um programa…, a capitulação das instituições de poder e a falta de empenho das figuras que se dizem representativas da região, fazem pairar um ar fúnebre onde as carpideiras se preparam para fechar o ciclo.
Com mais cobres prestes a serem arrancados dos bolsos dos algarvios, vão espalhar-se pela estrada toda a justeza da panóplia de argumentos levantados e que esbarraram na obstinação de fazer receita.
Todos os princípios e sobretudo o pagamento da enorme dívida para com os algarvios, que determinaram em longos anos a concretização da “Via do Infante”, vão ser rasgados e fazem regredir a região aos velhos congestionamentos da EN 125 e à abertura de mais sepulturas e traumatizados entre as famílias.
Ao Governo e aos seus agentes na região, particularmente aqueles que fundamentaram a sua cambalhota na condição da requalificação da EN 125 e na solidariedade do pagamento da dívida, esquecendo que dois terços da via são estrada nacional e a única digna desse nome, devem ser imputadas todas as responsabilidades sociais e políticas no futuro.
Tendo sido a questão das portagens o maior ponto de unidade dos algarvios nos últimos tempos e a frente de luta com mais tempo em curso, devemos reflectir as razões e as responsabilidades da causa… quase perdida.
As razões, de profunda raiz política, estão nas contradições e nos interesses tácticos e estratégicos dos dois partidos do bloco central, que agitam os problemas e os gerem no interesse da luta permanente que travam pelo controlo do poder. Todas as causas entram nesta voragem, nunca contando os verdadeiros interesses das populações.
Quanto à direcção actual da contestação, balbuciou a saída da desobediência civil… mas volta aos engarrafamentos.
Composta por partes da “esquerda” parlamentar que privilegiou o diálogo com quem não quer ouvir, esta desdobrou-se em projectos de lei para o lixo, retirando valor à mobilização em massa para a estrada, envolvendo todas as forças da sociedade civil, com particular importância para os Sindicatos, que são transversais e podem vencer os constrangimentos provocados pelo recuo das instituições oficiais e dos seus dirigentes.
No actual contexto de estrangulamento da actividade económica e financeira da região e quando os rumores de lentidão na requalificação da EN 125 são correntes, nem o próprio Governo sabe contabilizar as consequências das portagens…, sabendo que recairão sobre a população.
Chegámos a um ponto crucial da nossa vida colectiva e a questão das portagens tem um significado muito relevante, onde a vitória sobre o centralismo cego nos abrirá as portas para novas transformações.
Luís Alexandre
Observatório do Algarve

PARA CHICOTEAR AS NÁDEGAS CONTINENTAIS

Não deixa de ser verdadeiro que a Madeira tem servido pretende disfarçar os grosseiros crimes orçamentais dos últimos desgovernos  PS e eventualmente os excessos de zelo do esforçadíssimo e voluntarioso Governo Passos Coelho. É uma forte probabilidade. Agora o apelo a que o próximo domingo, dia de eleições legislativas regionais, represente uma sova aos políticos de Lisboa, isso é que me parece demasiado sadomasoquista e delirante: o que dizer quando a imaginação e a verborreia já não sabem a que deitar mão? O Carnaval está na cabeça de João Jardim, daí esses tiques de histrião e daí a violência desproporcional e hiperbólica pregada a torto e a direito contra os políticos continentais, tantos deles assíduos turistas ali, assíduos frequentadores do melhor que a Madeira oferece: podemos imaginá-lo vestido a preceito, de chicote e o resto da parafernália sado a chicotear as nádegas continentais. Quando a maré de impropérios passa e o abundante ladrar, Jardim volta ao normal como o lobisomem após a lua cheia ou a cinderela após a meia-noite. 

PUBLICIDADE ENGANOSA Á ESPERA DE SER JUSTIÇADA

domingo, 2 de outubro de 2011

Não tentem, nem sequer pensem


Na Edição de hoje do Diário de Notícias, no lugar onde se poderia ler uma notícia referente ao mais importante acontecimento da véspera - as manisfestações de Lisboa e Porto - encontrava-se: “PSP e secretas esperam maiores tumultos desde PREC”. Como isto vinha misturado com referências às manifestações, o objectivo era induzir uma associação imediata e espontânea entre manifestações e tumultos.

Na continuação podia ainda ler-se: “Polícia e SIS já têm elementos no terreno para antecipar as acções de grupos organizados que podem criar grande agitação social. A agitação social deve crescer e pode atingir proporções nunca vistas nos últimos 30 anos. A previsão é de um grupo de comandantes da PSP, feita num relatório confidencial a que o DN teve acesso. O descontentamento popular com a crise económica faz a polícia e os serviços secretos temerem actos violentos. Por isso, já têm agentes a identificar grupos e protagonistas da contestação.”

A avaliar pela insistência com que a SIC, e se calhar outros canais, estiveram todo o dia a noticiar o mesmo, não foi só o DN que teve acesso ao “relatório confidencial”.

Estamos assim chegados ao início da execução do plano inclinado inaugurado por Passos Coelho e Portas há algumas semanas: transformar protesto em tumulto para justificar a vigilância e a repressão do protesto.

O que estão a fazer os elementos das secretas “no terreno”, além de escutar telemóveis? A preparar grupos de provocadores especialistas em transformar protestos em tumultos? O que estão a fazer alguns "jornalistas" nas redacções? A amplificar “relatórios confidenciais” lá plantados pelas “secretas”?

Esta agitação toda faz de facto temer mais actos ilegais das secretas e mais preparação de actos violentos, igualmente ilegais, por sectores das forças de segurança pouco amigos da liberdade.



NEM GELADOS NEM SORVETES QUANTO MAIS REGIONALIZAÇÃO
  secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social Marco António Costa
“Não há tempo, nem oportunidade para abrir um debate sobre a regionalização”
30-09-2011

A regionalização foi a debate no encontro dos 100 dias de Governo realizado pelo PSD em Castro Marim. Militantes e simpatizantes ficaram "gelados" quando o governante que se diz regionalista convito, adia essa possibilidade sine die, avança a edição de hoje de O Algarve.    
Apesar de se afirmar “um regionalista convicto e do PSD ter colocado no Programa de Governo a criação de regiões-piloto”, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social avisou que a regionalização não é uma prioridade porque há que “perceber o que é essencial e o que se pode tornar acessório” numa altura de um compromisso “com cronograma e valores definidos” pela troika.
“Não há tempo, nem momento, nem oportunidade para abrir um debate sobre a regionalização”, respondeu Marco António Costa a uma pergunta do auditório da Biblioteca Municipal de Castro Marim que a convite da concelhia local e do PSD distrital fez o balanço dos 100 dias de governação do executivo de coligação PSD-CDS.
“Estamos perto de assinalar os 100 dias de governação e já foram tomadas 102 medidas importantes: 60 concretizadas e 42 em execução”, lembrou, dizendo que este Governo “em dois meses fez o que o anterior não fez em quatro anos”, destacando “um acordo na área da educação que permitiu que o ano lectivo arrancasse com normalidade e devolvesse paz social nas escolas”.
“Em 100 dias conseguimos cortar cerca de 1 700 chefias na administração pública. Extinguimos a figura dos directores distritais adjuntos na Segurança Social e vamos cortar 352 chefias de topo e intermédias. Podemos ir muito mais longe; esta é uma primeira fase de abordagem”, afirmou, lembrando, ainda, a extinção dos governos civis. “ Não é cortar por cortar”, frisou, justificando que “o objectivo é 100 milhões de euros de corte na máquina do Estado”, explicando ao auditório cheio que este valor corresponde ao valor necessário para “a actualização das pensões mínimas em Portugal e para o apoio social extraordinário decorrente da actualização da taxa do IVA para o gás e a electricidade. Tem de se poupar de um lado para se garantir apoio do outro”, rematou, afirmando que o Governo “tem de cumprir um compromisso com troika que deve obter resultados de retoma de crescimento económico e de crescimento social”.
Em relação à sua a pasta, deixou a garantia que o esforço passará por “trabalhar para que os recursos vão para aqueles que são os mais necessitados”, pedindo rigor a todos os responsáveis.
O presidente da Câmara de Castro Marim, José Estevens, anfitrião da sessão de trabalho laranja, está “preocupado” com o Livro Verde da Reforma da Administração Pública. O edil mostrou-se receoso que perante os cortes previstos nas chefias “a exigência da qualificação dos serviços da administração local morra na praia”, e mandou recado pelo governante convidado da sessão: “Castro Marim passará a ter um presidente de Câmara e um vereador”, afirmou, lembrando que actualmente “tem sete unidades orgânicas com seis chefes de divisão e passará a ter com dois chefes de divisão”, ilustrou o autarca, criticando cortes que acredita que iriam “passar a gordura e atingir o osso”.
A resposta do secretário de Estado foi pronta, dizendo que “todos nós temos de nos conformar com uma realidade diferente”, lembrando que “há muitas dificuldades e todos os sectores da nossa sociedade vão ser atingidos”. Marco António Costa está convicto, no entanto, que esta “mudança de paradigma muito grande vem no timing certo porque no final de 2013 vai haver muitas mudanças no poder local e vai surgir uma nova geração que terá que aceitar as novas dificuldades que o novo ciclo vai trazer”, lembrou, frisando que “não podemos discutir se vamos estar preparados”.
Marco António Costa esteve quarta-feira no Algarve, onde inaugurou duas creches: uma em Faro e outra em VRSA. Esta última, situada na localidade das Hortas, dispõe de 155 lugares e integra-se no edifício da Escola Básica e Jardim-de-Infância de Santo António, centro escolar que custou cerca de 2,7 milhões de euros.
Em Faro, o novo equipamento em Vale Carneiros representa a abertura de mais 48 vagas em creche no concelho e a criação de 13 novos postos de trabalho, refere a autarquia. O investimento global é de 370 mil euros.

OBSERVATÓRIO DO ALGARVE

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