O levante contra uma administração oligárquica e subordinada às políticas dos Estados Unidos (EUA) ocorreu na cidade de Puerto Cabello, capital do município de Puerto Cabello, no estado de Carabobo.
Na manhã de 2 de junho, oficiais e soldados da Marinha, apoiados pelo povo, prenderam os comandantes da base naval de Puerto Cabello, libertaram os presos políticos que Betancourt mantinha encarcerados e enviaram tropas armadas para controlar as ruas daquele local. cidade.
Por que isso aconteceu?
Essa revolta foi a expressão armada que surge da frustração popular com a recusa do governo Rómulo Betancourt em produzir as transformações democráticas que o país esperava, após a queda da ditadura de Marcos Pérez Jiménez em 23 de janeiro de 1958.
Betancourt pretendia acabar com as realizações da união cívico-militar após a partida de Pérez Jiménez com uma desintegração que variava entre mudar o comando das forças militares e convocar pessoas de seu ambiente para reprimir o povo.
O presidente perdeu o apoio do povo porque pretendia impor políticas elaboradas por governos estrangeiros, que ditavam uma imposição de comando ao invés de beneficiar o povo.
"Rómulo Betancourt era um homem repressivo, que usava violência pior que o próprio Pérez Jiménez. Apenas quatro meses depois de estar no governo, reprimiu uma demonstração dos desempregados a dois quarteirões da Plaza Bolívar, em Caracas, com o saldo de quatro mortos e um dez feridos ”, o povo não achava que poderia apoiar um novo regime, disse o ex-tenente comandante Víctor Hugo Morales.
As vítimas
Após o desenrolar dessa revolta, Betancourt ordenou um ataque vigoroso e recuperou o controle por sangue e fogo: "Atire primeiro e descubra depois".
Essa repressão resultou em pelo menos 400 mortos e 700 feridos, os corpos dos mortos foram recolhidos com pás mecânicas e transportados em caminhões para valas comuns.
Em 4 de junho, o levante terminou, os capturados foram torturados sem contemplação.
Este evento marcou um antes e um depois na história da Venezuela, já que El Porteñazo é considerado o começo da luta revolucionária que mais tarde ocorreu com o presidente Hugo Chávez (1999-2013).
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