Os 5 mais belos painéis de azulejos de Portugal
Encontra-se pelo menos um pequeno painel de azulejos em qualquer palacete ou igreja de Portugal, e mesmo as casas mais humildes têm sempre pelo menos um azulejo nas suas fachadas. A maioria destas peças são produzidas em série com figuras geométricas, mas muitas outras são verdadeiras obras de arte.
1. Estação de São Bento (Porto)
A Estação é célebre pelos seus painéis de azulejos, de temática histórica. Cobrindo uma superfície de cerca de 551 metros quadrados, representam, principalmente, cenas passadas no Norte do país, estando retratados, entre outras cenas, o Torneio de Arcos de Valdevez, a apresentação de Egas Moniz com os filhos ao Rei Afonso VII de Leão e Castela, no Século XII, a entrada de D. João I e de D. Filipa de Lencastre no Porto, em 1387, e a Conquista de Ceuta, em 1415; um friso colorido, no átrio, dedica-se à história dos transportes em Portugal, concluindo com a inauguração dos caminhos de ferro. Foram instalados entre 1905 e 1906 pelo artista Jorge Colaço, que, nessa altura, se afirmava como o mais popular azulejador em Portugal.
2. Estação do Pinhão (Alijó)
A estação dos caminhos de ferro do Pinhão é conhecida pelos seus 24 painéis de azulejos, que retratam paisagens do Douro e aspectos das vindimas. Em tons de azul, os azulejos são da autoria de J. Oliveira e foram encomendados à fábrica Aleluia, de Aveiro, em 1937.
3. Igreja Paroquial de Válega (Ovar)
A Igreja da Válega é uma verdadeira obra-prima da arte da pintura do azulejo e, sem sombra de dúvida, uma das mais impressionantes igrejas em Portugal! Ao pôr-do-sol, a fachada da igreja, virada para poente, é particularmente bela, banhada pelos raios de sol. Um verdadeiro templo dourado que brilha com os seus fantásticos azulejos de múltiplas cores.
4. Fachada da Casa Viúva Lamego (Lisboa)
Construído entre 1849 e 1865, este edifício integra o conjunto de arquitectura industrial que foi a Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, tendo funcionado como loja da mesma. Classificado como Imóvel de Interesse Público, apresenta uma fachada decorada, na sua totalidade, por um revestimento azulejar figurativo do séc. XIX, de gosto romântico-revivalista, muito característico do seu autor, Luís Ferreira, mais conhecido por “Ferreira das Tabuletas”, que recorrendo à técnica da faiança pintou os azulejos na referida fábrica. Considerada uma das obras-primas do azulejo “naif” oitocentista, esta fachada foi, também, um dos exemplos pioneiros do azulejo utilizado como meio publicitário.
5. Capela das Almas (Porto)
O revestimento é constituído por 15.947 azulejos que cobrem cerca de 360 metros quadrados de parede. Os azulejos que revestem a capela são da autoria de Eduardo Leite e foram executados pela Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, em Lisboa. Datam de 1929 e representam os passos da vida de São Francisco de Assis e de Santa Catarina, que são venerados na capela. Na fachada principal, destaque para o vitral que representa as almas, executado no século XIX, pelo pintor Amândio Silva.
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