Vasa: O imponente navio de guerra naufragado
No post sobre o Museu do ABBA, falei que a Ilha de Djurgården abriga uma série de outros museus e atrações turísticas muito legais. E quando digo que todos esses museus são muito divertidos é porque eles realmente são, inclusive pra quem acha meio chato ficar horas olhando pra velharias.
Antes de falar sobre sobre o Museu Vasa, eu queria falar um pouquinho do Nordiska. Assim como o nome sugere, o Nordiska é o museu da cultura nórdica e, acredite: eles têm muita história pra contar! Lá você tem a oportunidade de fazer um verdadeiro passeio no tempo conhecendo o passado e vendo a evolução do modo de vida do povo sueco através dos costumes, culinária, festas, arte e claro, do design, um dos orgulhos nacionais.
Faz muito sentido você visitar o Nordiska e o Vasa na sequência (eles ficam a uma rua de distância). Isso porque, ao entrar no Nordiska, você dá de cara com uma imensa estátua em madeira de Gustav Vasa, que foi o líder da dinastia que estabeleceu os pilares da modernização da Suécia.
Chegando no Vasa, a primeira coisa que você sente é um conjunto catártico: as palavras faltam, os pelos se arrepiam e você se sente literalmente jogado pra fora do tempo real em direção ao século XV, seguido da sensação de ser pequeno diante da magnitude do barco que tem uma história um tanto quanto tragicômica.
Explicando bem resumidamente, o Vasa é um navio de guerra que, devido a um erro de cálculo, estava pesado demais para o projeto que o havia construído. E logo nos primeiros 20 minutos dele no mar, não resistiu o peso a mais e afundou!
Triste ! Imagine a reação de toda a dinastia Vasa vendo seu maior navio de guerra afundando? Sorte da Polônia, inimiga da Suécia, a quem a visita do navio e seus 64 canhões estava prevista. Em 1959 - 333 anos mais tarde -, o Vasa foi encontrado no fundo do mar e o trabalho de resgate durou dois anos. Finalmente, em 1961, ele foi retirado da água e em torno dele foi construído o museu que visitamos.
O museu tem o formato do navio - ele tem 7 andares de altura! - e tudo lá é feito para que você tenha uma verdadeira imersão na história do Vasa. Cada andar apresenta desde os primórdios da construção, até o processo de resgate e todas as relíquias do passado encontradas com ele. O mais legal é que o casco do navio está 95% original e eu fiquei chocada com o estado de conservação dele.
De verdade, o que mais impressiona no Vasa é o seu tamanho e magnitude: você consegue ver as pessoas no primeiro subsolo, e elas parecem minúsculas em comparação com o barco. Impossível não fazer uma viagem no tempo e se imaginar na época que ele foi construído.
Vale muito a pena tirar um dia para visitar os dois museus. E digo um dia (inteiro) porque tem muita coisa pra ver e explorar pelo Nordiska e pelo Vasa Museet. Todos eles contam com visitas guiadas em inglês e no Vasa tem muito material em português de Portugal disponível.
Para entrar no Nordiksa, você gasta 100SEK (R$ 34,20). No Vasa, você gasta um pouquinho mais, 130SEK (R$ 44). Em ambos, menores de 18 anos não pagam entrada. Estes valores valem para fevereiro de 2015 e estão sujeitos à mudanças de acordo com o câmbio. Recomendamos que acesse o site do Nordiska e do Vasa para conferir se os valores são os mesmos :D
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