AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

domingo, 15 de maio de 2011

Os homens, feras e flores - Omar Khayyam

.

Domingo, 15 de Maio de 2011


Omar Khayyam


Dele, terá dito Ernest Renan: "Matemático, poeta, místico em aparência, pervertido pela realidade, hipócrita consumado, misturando a blasfémia ao hino místico, o riso à incredulidade, Omar Khayyam é, porventura, o homem mais curioso de estudar para compreender o génio livre da Pérsia, no constrangimento do dogmatismo muçulmano." Controverso, no mínimo, Omar, que adoptou da profissão do pai o seu apelido, Khayyam (que significa "fabricante de tendas") terá nascido entre 15 e 18 de Maio de 1048, vindo a falecer, na Pérsia, em 1131. Robaiyat (que significa quadras ou quartetos), a sua colectânea de quadras, foi traduzido para inglês, em 1859, por Edward Fitzgerald. Em 1927, Gomes Monteiro publicou, em português, um versão parcial das quadras de Omar Khayyam, com capa e vinhetas de Ilberino dos Santos, que se reproduz em imagem. É deste livro que retiramos as quadras que se seguem.

Vinho rubro! Vinho rubro!
vinho, bebida sagrada!
E a rosa branca de neve,
tornou-se logo encarnada.

Os homens, feras e flores
são sombras de aspecto baço,
e todo este mundo enorme
um grão de areia no espaço.

Se eu nunca soube a razão
porque no mundo surgi,
que apreço darei à vida
que não amei, nem pedi?

Sem comentários: