Segunda-feira, 16 de Maio de 2011
É mais digno trabalhar do que receber um subsídio
É possível aproximarmo-nos do pleno emprego, o objectivo central da política económica que hoje nem os governos socialistas levam a sério.
Em vez de distribuidor de subsídios de desemprego, na realidade cada vez mais reduzidos, o Estado deve tornar-se o «empregador de último recurso». A quem fica desempregado e não tem alternativa, o Estado deve oferecer um emprego com utilidade social e formá-lo para o reingresso no sector privado logo que possível.
O Estado tem o dever de lançar um programa de criação de empregos, dignos e socialmente úteis, através de uma agência pública que trabalhe em parceria com o sector empresarial, privado e público, e as organizações do sector social e solidário. Grande parte destes empregos extinguir-se-ão à medida que o sector privado recomeçe a criar empregos melhor remunerados.
O financiamento desta política de pleno emprego proviria da segurança social (em vez de pagar subsídios de desemprego, sustentaria empregos) e de parte dos recursos habitualmente atribuídos ao investimento público. Dado que este tem um efeito incerto sobre o emprego, é preferível canalizar despesa pública para o financiamento de empregos socialmente úteis, a identificar com as autarquias, empresas locais e organizações sem fins lucrativos.
Para alguém que cai no desemprego involuntário, é mais digno trabalhar do que receber um subsídio.
Este tipo de intervenção directa visando o pleno emprego seria complementar de uma política de investimento público em projectos que garantidamente tenham um elevado conteúdo em emprego, aumentem a eficiência energética do País, e promovam a competitividade da indústria.
Esta é a estratégia defendida pela Convergência e Alternativa.
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